Como vocês sabem nos últimos dias tenho explorado mais a terra de Jorge Amado - Ilhéus ( Bahia); e essa é uma cidade com belas praias, paisagens inesquecíveis mas o clima não me permitiu ver o mar e mostrar pra vocês. Afinal de contas estamos no inverno e tem chovido bastante, além de estar muito frio!
Como eu sou daqueles que quando bate um vento frio eu já estou usando agasalho e meia; então vocês podem imaginar quanto frio eu passei em Ilhéus.
Mas apesar das condições climáticas não terem sido muito favoráveis eu consegui filmar alguns pontos muito visitados em Ilhéus, como a Baía do Pontal e um bairro chamado Outeiro.
Passeando pela cidade de Ilhéus, consegui tirar algumas fotos que ajudam a perceber como a cidade é bela mesmo em dias chuvosos.
Infelizmente pessoal eu tenho que dizer que a cidade não tem opções em dias chuvosos; não tem shopping, o comércio é bem fraco e a noite a situação fica ainda mais precária porque você pode até assistir um filme no cinema mas com um péssimo áudio e há poucas opções de bons restaurantes. #ficaadica
Enfim, prefira ir a Ilhéus no verão e leve um baralho para se divertir a noite!
Se desejarem mais informações não deixem de enviar um e-mail (deaviaobusouape@gmail.com) ou comentar aqui abaixo.
Quando se fala de livros que podem te fazer viver a época do coronelismo, talvez muitos de vocês pensem logo nos livros de Jorge Amado e realmente são livros que podem em alguns momentos servir como guias no turismo por Ilhéus. Apesar disso há outros livros excelentes que também te ajudam a viajar ao passado para conhecer melhor a terra de Jorge Amado.
Esse post eu vou reservar para dar algumas sugestões de livros muito bons e que me ajudaram bastante a conhecer detalhes da história de Ilhéus bem interessantes. São livros com riquezas de detalhes sobre pontos históricos da cidade, histórias regionais e personagens marcantes ao longo dos muitos anos de existência dessa terra.
1 - Memória Sobre o Município de Ilhéus - Francisco Borges de Barros
Esse livro é bem interessante porque fala sobre o auge do cacau na cidade, além de destacar os principais coronéis que viveram por lá.Também conta o surgimento de alguns bairros e como o porto foi importante no desenvolvimento da região.
2 - O Coronel dos Coronéis - Mario de Castro Pessôa
Posso dizer que esse é um livro mais específico mas não deixa de ser interessante porque relata fatos da história de um dos coronéis mais influentes na região que foi Antônio Pessôa. O livro foi escrito pelo seu neto Mario de Castro Pessôa que também foi bem influente na cidade.
3 - Notícias Histórica de Ilhéus
Esse;dentre os 3 talvez seja o livro mais rico em detalhes e fotos da região. O livro destaca bastante as festas populares e a história da cidade.
São livros muito bons! Para aqueles que curtem ler e talvez estejam se encaminhando pra cidade; tirem algumas horas pra ler esses livros tão informativos para tornar mais interessante e vívida a sua viagem!
Confesso que no caso da cidade de Ilhéus é necessário essa busca por informações e detalhes da história, porque a cidade não é preparada pra receber o turista e pouco explora toda a riqueza que há ali.Além de toda a história; a cidade é muito bonita, mas para aqueles que já conhecem a cidade talvez tenham percebido que a cidade aparenta estar abandonada e parece que o declínio do cacau foi a um ano atrás. Infelizmente a cidade não conseguiu se recuperar das consequências do declínio do cacau.
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Tenho prazer em iniciar aqui mais uma série de posts e vídeos e dessa vez comento sobre uma cidade muito especial que é Ilhéus-BA. Essa cidade adquiriu fama internacional porque é conhecida como a terra de Jorge Amado e quando você visita a cidade parece que você mergulha nos "contos"; nos livros de Jorge.
Apesar de ser evidente o despreparo da cidade pra receber turistas, mesmo assim a cidade é charmosa e vale a visita. Talvez alguns de vocês já ouviram falar do Bar Vesúvio; do Bataclan; Maria Machadão.Esses são lugares e personagens descritos por Jorge Amado em seus livros e pode ter certeza que esses lugares realmente existiram e ele também se inspirou em figuras marcantes dessa cidade para escrever seus personagens mais famosos.
Nesse primeiro post vou apresentar pra vocês os pontos históricos que visitei no centro de Ilhéus.
1 - Bataclan
O cabaré Bataclan tornou-se famoso por ser importante cenário no livro Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado.
Ali os coronéis do cacau iam em busca de diversão quando vinham das fazendas para acertar negócios e vender cacau
2 - Catedral de São Sebastião
No ano de 1927, no apagar das luzes do primeiro governo de Mário Pessoa, foi mandada demolir a capela de São Sebastião, para que fosse construída uma catedral em seu lugar.
A catedral de São Sebastião é, sem dúvida, o símbolo da cidade de São Jorge dos Ilhéus e ponto de atração turística dos mais importantes. Os turistas não deixam de visitá-la, reclamam nos períodos em que ela se encontra fechada e levam da cidade uma bela recordação da grandiosidade da igreja
3 - Bar Vesúvio
O bar Vesúvio foi inaugurado, entre 1919 e 1920, no ponto mais freqüentado da cidade que começava a crescer e despontava como a mais importante do interior da Bahia.
Seus primeiros proprietários foram dois italianos e seu nome é uma homenagem ao famoso vulcão localizado na terra natal dos proprietários.
O bar ficou famoso por fazer parte do universo ficcional criado por Jorge Amado. O Vesúvio foi vendido a um português de nome Figueiredo, casado com uma linda mulata chamada Felipa, muito admirada pelos rapazes da época. Segundo Sá Barreto, é provável que a Gabriela de Jorge Amado tenha sido inspirada nesta moça de “fartas ancas” e cor de canela.
4 - Casa de Jorge Amado
A família de Jorge Amado morava numa fazenda próxima ao atual Distrito de Ferradas, município de Itabuna, em 1912, quando nasceu aquele que se tornaria o maior escritor da região cacaueira. A fazenda chamava-se Auricídia, que se transformou no nome da esposa de um personagem do autor, no livro Terras do Sem Fim.
Em 1914, quando o pequeno Jorge estava com menos de dois anos de idade, o rio Cachoeira enfureceu-se, provocando uma das maiores enchentes de sua história.
Com este fato, muitas pessoas perderam suas plantações de cacau, dentre elas o coronel João Amado de Farias, pai do escritor, que mudou-se, então, com a família, para o bairro do Pontal, na baía do mesmo nome, arredores da cidade de Ilhéus. Empobrecidos, tendo perdido tudo, montaram uma fábrica de tamancos, passando a sobreviver da renda do pequeno empreendimento. Com as economias poupadas comprou uma casa pobre, no centro da cidade, que tinha apenas uma porta e uma janela. Passado o tempo, João Amado tirou o primeiro prêmio da Loteria Federal, mandou construir no local do modesto barraco, o belíssimo palacete, com 582 m2, que abriga hoje a Casa da Cultura Jorge Amado.
Em 1988, a Casa foi doada ao Município, pelo Estado, foi tombada e inaugurada em 27 de junho de 1997, com a presença do próprio escritor e de sua família. Nesta casa Jorge Amado escreveu O País do Carnaval.
5 - Teatro Municipal
O Cine-Teatro Ilhéos foi inaugurado em 22 de dezembro de 1932, fruto de incentivo fiscal concedido pelo então intendente municipal Eusinio Lavigne.
Foi inaugurado como a maior casa de espetáculo de toda a história da cidade, com a exibição do filme Honrarás tua Mãe, da Fox Filmes.
O atual Teatro Municipal tem galeria de arte e foyer, além de modernos equipamentos de cenário, iluminação, sonorização, acústica e ar condicionado. A área do palco é dotada do que há de mais moderno em montagem cênica.
6 - Palacete de Misael Tavares
Segundo Borges de Barros (1981), o coronel Misael Tavares mandou construir, a partir do ano de 1914, o prédio que abrigaria, daí em diante, a sua família. Este prédio, denominado Palacete Misael Tavares, está situado na antiga rua Conselheiro Saraiva, hoje Antonio Lavigne de Lemos.
A rua onde este prédio está localizado, Antonio Lavigne de Lemos, tornou-se famosa porque seu calçamento é diferente dos demais. As pedras vieram da Europa como lastro de navio e tinham como destino o Mercado de São Sebastião, no Rio de Janeiro. Na saída da barra o navio encalhou e o prefeito municipal arrematou as pedras e mandou calçar aquela rua, transformando-a assim em um patrimônio histórico da cidade. Existem muitas versões sobre a origem do calçamento, mas o conceituado memorialista Raimundo Sá Barreto afirma que as pedras são inglesas e foram compradas pelo prefeito João Mangabeira, que governou de 1908 a 1911.
7 - Igreja Matriz de São Jorge
A igreja Matriz de São Jorge é uma construção do final do século XVII, segundo o IPAC. É uma Igreja de relevante interesse histórico e arquitetônico, com nave, capela-mor, corredor e lateral, sacristia e torre, do lado esquerdo.
A fachada tem dois corpos, sendo o principal, emoldurado por cunhais e cornija, e vazado por bela portada, ladeada por duas portas, no térreo, e duas janelas ao nível do coro. A torre possui terminação piramidal e coruchéus nos cantos e arco pleno.
8 - General Osório ( Biblioteca Municipal- Em Reforma )
Durante muitas décadas foi uma escola exemplar, tendo sido frequentada por alunos de todas as classes sociais. Manoel Carlos Amorim de Almeida, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus, falecido há algum tempo, tinha muito orgulho de dizer que estudou lá.
Durante a Segunda Guerra Mundial o Exército requisitou as instalações do prédio, juntamente com as do IME para colocar uma base de apoio. Por todo este período, de 1915 até os anos noventa, salvo o período da guerra, a escola serviu ao município, educando suas crianças e formando cidadãos.
9 - Palácio Paranaguá
O prédio do Paço Municipal foi construído no período de 1898 a 1907, em pleno florescimento da economia cacaueira. Foi um dos edifícios públicos do Estado mais luxuosos e melhor decorados e mobiliados à época. No pavimento superior funcionavam: sala do Conselho, gabinete do intendente, secretaria, seção de engenharia, salão nobre com pintura mural e salas de audiência. No térreo, funcionavam: as salas dos juízes do cível e do crime, posto médico, quartel e cadeia, segundo Borges de Barros (1981). Ainda segundo o mesmo autor, sua arquitetura parece ter-se inspirado no Paço dos Governadores, em Salvador, antes de sua última reconstrução, em 1912, e de igual inspiração neoclássica.
O nome do prédio, Palácio Paranaguá, é uma homenagem ao presidente da Província da Bahia que, no dia 28 de junho de 1881, através da Lei Provincial nº 2.187, elevou a Vila de São Jorge dos Ilhéus à categoria de cidade, permanecendo com o mesmo nome.
Na próxima semana virão mais posts e vídeos sobre essa cidade tão encantadora e repleta de história. Se desejarem mais informações não deixem de enviar um e-mail (deaviaobusouape@gmail.com) ou comentar aqui abaixo.
